ELE HAVIA DE SE LEMBRAR

“Salomé saía do hotel perseguida por Eduardo. Enquanto colocava as malas no porta bagagens, não pôde deixar de notar a relatividade das regras sociais. Eduardo, geralmente, disciplinado, educado e discreto, que a criticava, sem piedade, pelos seus actos impulsivos, socialmente menos elegantes, agarrava-a pelo braço proclamando o seu arrependimento e amor para quem quisesse escutar. Chorava. Naquele momento, não existiam as aparências ou as estratégias de marketing, tão importantes nos últimos meses das suas vidas. Naquele momento, a única campanha que importava era a dos verdadeiros sentimentos.”